quinta-feira, 2 de junho de 2011

Há coisas que me tiram do sério

Entre essas coisas encontram-se as campanhas de solidariedade em que não apelam à nossa participação mas tentam sacar dinheiro fazendo-nos sentir más pessoas se não o fizermos.

Como regra, nunca contribuo para este tipo de campanhas. E acredito que como eu, há muita gente assim.

Talvez até tenha sido por esse motivo que este ano o Banco Alimentar conseguiu angariar mais comida do que o ano passado.
O que se passou o ano passado com a campanha do Banco Alimentar foi, do meu ponto de vista, vergonhoso. Uma corrente de adolescentes à porta do supermercado, com ar ameaçador a travarem a entrada dos clientes, como se tivessem sido contratados para gorilas à porta de uma discoteca qualquer!
Ou então, os mesmos adolescentes, a terem crises de namoricos ali, mesmo em frente a quem fosse a passar.
Acho fantástico que os adolescentes se interessem pelo voluntariado, mas acho que deixá-los sem supervisão foi uma má escolha.
Este ano, a campanha retomou os contornos habituais. Ainda bem!

A campanha do "Arredonda", para mim, tem o mesmo efeito. A Ajuda de Berço presta um serviço importantíssimo à comunidade e quem pode "deve" contribuir! Mas então... e a Worten? Não contribui?
E que tal se a Worten contribuísse com o mesmo montante "arredondado"?
Cheguei a ter uma tentativa de bate boca com uma funcionária da Worten que aventou com o argumento "Mas é só um cêntimo", mas não lhe respondi, embora mentalmente tenha dito que se é "só" um cêntimo, que o meta ela.

Mais recentemente, e pelo telefone, vieram com a conversa da menina, coitadinha, só tem 9 aninhos e coitadinha e a doença e os paizinhos da coitadinha e se não podíamos contribui com, pelo menos, 5 "eurinhos". E o que são 5 eurinhos nos dias que correm, pergunta-me a senhora.
Olhe, minha senhora, para muitos trabalhadores em Portugal, são duas horas de trabalho!

No entanto, há outras campanhas às quais não "resisto", como a da Liga Portuguesa Contra o Cancro, por exemplo. Ou algumas acções de solidariedade espontânea que aparecem nos locais que frequento.
No ginásio, por exemplo, aparecem muitas vezes acções relacionadas com a Sociedade Protectora dos Animais e também com lares e/ou idosos necessitados.

Quando não tentam fazer-me sentir mal ou impôr-me sermões, a solidariedade vem ao de cima.

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